segunda-feira, 29 de outubro de 2007

sexta-feira, 28 de setembro de 2007

La Traviata na íntegra na Paraná Educativa

Sábado às 23h30 a Paraná Educativa (Canal 9) exibe na íntrega a Ópera La Traviata produzida pelo Teatro Guaíra.

Assistam também pela Internet.

segunda-feira, 10 de setembro de 2007

terça-feira, 28 de agosto de 2007

La Traviata - Nos bastidores

Veja o que acontece nos bastidores de uma grande produção.

Gente se maquiando, se hidratando, se vestindo, esperando a hora de mudar o cenário.... planejando a próxima atração.

Ensaio da última recita - parte 2

segunda-feira, 27 de agosto de 2007

Santa Felicidade

Nossos agradecimentos a Associação do Comércio e Indústria de Santa Felicidade pela parceria.
Na foto: Francisco Simal, Yuri Jaruskevicius e Douglas Hanh.

Almoço no Peixe Frito

Nossos agradecimentos pela paeceria e simpatia com que nos receberam.
Este almoço aconteceu no Restaurante Peixe Frito no dia 26 de agosto, com a presença de Douglas Hanh (barítono - Giorgio Germont), Rozana Santos (staff da produção), Yuri Jaruskevicius (baixo-barítono - Dottor Grenvil Bia Reiner (Assistente de Direção) e Francisco Simal (tenor - Alfredo Germont).


Ensaio da última recita

Todos querem ver a La Traviata

Registros da fila para La Traviata -Teatro para o Povo em 26 de agosto















sábado, 25 de agosto de 2007

Ingressos esgotados para a ópera La Traviata

O sucesso de público alcançado na apresentação da obra de Giuseppe Verdi, lotou o Guairão durante as cinco récitas. A estréia aconteceu no dia 18 e permanece até domingo.A última chance para ver a encenação será no domingo no Projeto Teatro para o Povo que será apresentada às 18h. Para este dia a entrada é franca, mas os 2 mil e 100 ingressos serão distribuídos 1 hora antes do início, às 17h.
A montagem da ópera é do Centro Cultural Teatro Guaíra e é a segunda deste ano. No semestre passado foi apresentada a ópera Rigoletto, do mesmo compositor.
No elenco de La Traviata participam aproximadamente 120 artistas entre cantores solistas, coro, regentes, bailarinos e músicos da Orquestra Sinfônica do Paraná. No papel principal a cantora italiana, Luiza Giannini interpreta Violetta Valery e para os demais pepéis os brasileiros: Francisco Simal (Alfredo Germont), Douglas Hahn (Giorgio Germont), Diana Daniel (Flora Bervoix), Ariadne Oliveira (Annina), Vicenzo Cortese - Italiano naturalizado brasileiro (Gastone), Divonei Scorzato (Barone Douphol), Yuri Jaruskevicius (Dottor Grenvil), Paulo Barato (Marchese D’obigny), Ailson Martins da Silva (Giuseppe), Wantuil Rigoni Neto (Domestico Di Flora), Fredinei Bráulio Branco (Comissionario). La Traviata foi composta em 1853 por Giuseppe Verdi, adaptada sobre o texto de Alexandre Dumas Filho, “A Dama das Camélias”, com libreto de Francesco Maria Piave, a ópera conta a história de amor proibido entre a cortesã Violetta Valery e Alfredo Germont, filho de um nobre. Giuseppe Verdi compositor italiano (1853/1901), de família humilde, dedicou-se desde pequeno à música.

Aos sete anos de idade já trabalhava como auxiliar de organista na localidade onde nasceu. Em 1842, suas composições trágicas e heróicas encontraram respaldo em seu país que lutava pela liberdade. Apesar das dificuldades para continuara sua carreira, devido aos problemas pessoais e políticos, seu talento conquista a Europa e América.
Em suas obras os temas políticos são valorizados. Entre as dezenas de composições criadas por ele estão: Nabucco(1842), Macbeth(1847), Jerusalém (1847), La Traviata(1853), Ainda(1871) e um Réquiem(1874). Ao morrer 28 mil pessoas acompanharam seu funeral. Nesta La Traviata, a direção cênica é do renomado artista Tcheco Golat Ludek, dirigente do Teatro Nacional da Morávia-Silesiana, que ambientou a montagem na década de 20.

Os figurinos, 65 trajes femininos e masculinos, concepção específica para esta ópera são de Eduardo Giacomini, responsável por vestir os cantores do coro e solistas. A maquiagem é de Marcelino de Miranda. Os adereços, peças importantes que que complementa figurinos e cenários foram criadas pela aderecista Fabiele Colombo. A luz é de responsabilidade de Nadja Naira.
O maestro Alessandro Sangiorgi, regente titular da Orquestra Sinfônica do Paraná, e diretor artístico da ópera, compara a produção de uma ópera à construção de um edifício, onde tudo começa no alicerce e aos poucos os milhares de detalhes vão se encaixando até ganhar a forma final.

quinta-feira, 23 de agosto de 2007

La Travitoria - Revelação inusitada

Uma figurante de extrema discrição vem roubando comentários pela sutil presença e elegância no palco. Veja se a descobre no vídeo abaixo La Travitoria

Nem parece ensaio

Vídeo do último ensaio no dia 16 de agosto de 2007

Mais cenas do último ensaio.

Prato especial para uma produção idem.

Nossos agradecimentos a Equipe do Restaurante Jacobina que, além da parceria com o CCTG, elaborou o “Sanduíche La Traviata” e recebeu os nossos protagonistas e produtores. Valeu!!!!

Este almoço aconteceu no dia 20 de agosto.

Almoço da Família La Traviata

Nossos agradecimentos a cooperação contínua da Equipe dos Hotéis Mabu.

Este almoço aconteceu no Mabu Hotel, na tradicional Feijoadíssima, no dia 18 de agosto.
Presenças do Diretor Cênico da Ópera - o simpático Ludek Golat, Maestro Alessandro Sangiorgi, a cantora líria Luisa Giannini e demais integrantes da produção.

Registre-se: a primeira vez que Luisa experimentou o brasileiríssimo doce de leite.



La Traviata: O sucesso com muito retorno.


Segundo pesquisa feita através do Blog La Traviata, 87% do público que soube da realização do espetáculo La Traviata ainda não havia assistido uma ópera.

Para atender esse novo público, o Teatro Guaíra disponibizou boa parte dos ingressos para contemplar policiais, professores e alunos de escolas públicas, servidores públicos de diversas instituições, além de ter estabelecido preços populares para os ingressos, o que ampliou a oportunidade àqueles de menor renda.

Conforme observa a presidente do CCTG, Marisa Villela, o Teatro Guaíra cumpre a sua função social dentro da área da cultura, quando promove uma política de inclusão que proporciona o acesso de pessoas que, normalmente, não o teriam a este tipo de evento. “Com isso, estamos também formando platéia e cativando um público para outras realizações”, diz Marisa.

“Por outro lado, há a satisfação de perceber que os demais segmentos da sociedade responderam de forma muito positiva, adquirindo ingressos e proporcionando retorno financeiro. Quer dizer,o dinheiro público gasto na produção do espetáculo está voltando, já que a arrecadação cobriu boa parte dos custos.”

Observa ainda que foi prazeroso e importante perceber que, com essas ações, verificar que se proporcionou uma real acessibilidade a todas as faixas de público; não só pelo fornecimento de ingressos gratuitos a quem não poderia, de forma nenhuma, adquiri-los, mas também com as facilidades e descontos oferecidos pelo Cartão Teatro Guaíra, cujos assinantes receberam uma série de vantagens; e, ainda, pelos preços populares dos ingressos. “Para toda equipe do Teatro Guaíra, fica a certeza de termos feito um evento com o retorno desejado, por nós e pelo Governo do Estado, que tem como princípio uma política de inclusão social”, complementa a presidente.

Até terça-feira, o Teatro teve uma ocupação média de 83% do Guairão. Esta média cresceu significativamente, já que as récitas de 5ª feira e sábado estão com a lotação esgotada. No domingo, última apresentação de La Traviata, com entrada franca, espera-se novamente 100% de ocupação do Teatro Guaira.

segunda-feira, 20 de agosto de 2007

Bistrô Poivre Vert - Chef Leonidas Hoffmann

Frango a "Verdi"
Frango sauté com aspargos verdes, cenouras e trufas uruguaias







Morango a "Rigoletto"
Morangos marinados no kirshe e suco de laranja, com purê de framboesa
Massa "La Traviata"
Spaguetti com molho de tomate, carne e manjericão

Filet "Fallstaf "
M
olho de páprica com alcaparras, acompanha uma massa


Ópera La Traviata estréia com casa lotada

Os dois dias de apresentação da ópera La Traviata, sábado e domingo lotaram a casa. Mais de 300 pessoas vieram de Paranaguá em ônibus fretado. O entusiasmo do público ao final de cada ato foi contagiante.

sábado, 18 de agosto de 2007

Teatro Guaíra abre temporada de La Traviata


Já foram vendidos quatro mil ingressos: estréia já está quase lotada


La Traviata conta a história de amor entre a cortesã Violetta Valery e o nobre Alfredo Germont, na França
A partir deste sábado (18), o Centro Cultural Teatro Guaíra traz a Curitiba a ópera La Traviata, obra de um dos mais respeitados compositores italianos, Giuseppe Verdi. As apresentações prosseguem nos dias 19, 21, 23, 25 e 26 de agosto, no auditório Bento Munhoz da Rocha Neto, no Teatro Guaíra, em dois horários: de terça-feira a sábado, às 20 horas e, aos domingos, às 18 horas.

Os ingressos estão à venda na bilheteria do espaço cultural e pela internet, no site www.teatroguaira.pr.gov.br. A expectativa é de que 13 mil pessoas assistam ao espetáculo. De acordo com o Centro Cultural Teatro Guaíra, até o momento já foram vendidos mais de quatro mil ingressos, sendo que, para a estréia, restam pouco mais de cem lugares, apenas no segundo balcão.

Na venda antecipada, os ingressos custam R$30,00 para a platéia, R$20,00 para o primeiro balcão e R$10,00 para o segundo balcão. No dia das apresentações, o valor será, respectivamente, R$40,00, R$30,00 e R$20,00. Maiores de 60 anos, estudantes e aqueles que possuem o cartão Teatro Guaíra ou a carteira de professor pagam meia-entrada. No dia 26, pelo Projeto Teatro Para o Povo, a entrada é franca. A bilheteria está aberta diariamente das 12 às 21 horas.

Composição – La Traviata conta a história de amor entre a cortesã Violetta Valery e o nobre Alfredo Germont, na França. Ao se conhecerem, os dois se apaixonam e passam a morar juntos. Porém, Violetta é pressionada pelo pai de Alfredo a terminar o relacionamento, sob o argumento de que a relação dos dois, mal vista pela sociedade, prejudicava a família. Violetta atende ao pedido e retorna à vida de cortesã. Tempos depois, o pai de Alfredo, arrependido, conta tudo ao filho e pede perdão a Violetta, que, já muito doente, acaba falecendo.

Escrita em 1853, a ópera é baseada no romance “A Dama das Camélias”, de Alexandre Dumas Filho, e apresentada em três atos. Além dos funcionários do Teatro Guaíra, centenas de pessoas foram contratadas direta e indiretamente, totalizando 500 profissionais envolvidos em um trabalho que começou há mais de um mês e se preocupa com cada detalhe, desde o bordado das roupas até o jogo de luzes.

Nas apresentações de vozes participam 60 cantores (48 do coro e 12 solistas) e os músicos da Orquestra Sinfônica do Paraná, acompanhados pelo pianista e pelo maestro. O coro é regido pelo maestro Emanuel Martinez. Os bailarinos são do Balé Teatro Guaíra, comandados pelo diretor artístico e maestro titular Alessandro Sangiorgi; e a produção cênica é do renomado artista tcheco Golat Ludek, dirigente do Teatro Nacional da Morávia-Silesiana, em Praga, que ambientou a montagem na década de XX. No elenco principal, a cantora italiana, Luiza Giannini, interpreta Violetta Valery.

Os 65 trajes femininos e masculinos do figurino são de concepção específica para esta ópera e foram criados por Eduardo Giacomini, responsável por vestir os cantores do coro e solistas. A maquiagem é de Marcelino de Miranda. Os adereços, peças importantes que complementam figurinos e cenários, foram criados pela aderecista Fabiele Colombo. A composição de luz é de responsabilidade de Nadja Naira.

Exposição – Também a partir deste sábado (18), às 18 horas, o público poderá apreciar a exposição de alguns figurinos das óperas já realizadas pelo Centro Cultural Teatro Guaíra, como Rigoletto, de Giuseppe Verdi; Orfeu e Eurídice, de Gluck; La Cenerentola e O Barbeiro de Sevilha, de Rossini; Halka, de Moniuszko; Don Giovanni, de Mozart; e a opereta Viúva Alegre, de Franz Lear. O evento acontece diariamente das 9 às 12 horas e de 13h30 às 18 horas.

Serviço: Ópera La Traviata
Data: dias 18, 21, 23 e 25, às 20 horas; dias 19 e 26, às 18 horas
Local: Teatro Guaíra, rua XV de Novembro, 971, Centro, Curitiba.


Matéria publicado em 17/08/2007 no Bem Paraná

Deu na imprensa

Notizie d 'Italia
Agência de Notícias
Sindicato dos Trabalhadores da Educação do Paraná

Restaurantes de Curitiba lançam pratos em homenagem a Giuseppe Verdi e à ópera “La Traviata”




A gastronomia de Curitiba ganhou novos sabores nos últimos dias. Contagiados pela produção da ópera “La Traviata”, que está sendo realizada pelo Centro Cultural Teatro Guaíra (CCTG), do Governo do Paraná, alguns restaurantes acrescentaram em seus cardápios pratos que fazem homenagem à obra do italiano Giuseppe Verdi.

Segundo a diretora-presidente do Teatro Guaíra, Marisa Villela, a idéia da parceria com os restaurantes surgiu para que a ópera ganhasse repercussão em outros ambientes, como os de gastronomia. “Esses espaços têm como público-alvo pessoas que também costumam ir ao teatro. Assim, elas saboreiam os pratos e associam a arte da cozinha com a arte do espetáculo”, afirma.

Nos restaurantes – a maioria deles com indicações da Revista Veja como “Melhor da Cidade” –, houve muita pesquisa para a elaboração dos pratos em homenagem à “La Traviata”. Na Cantina Jacobina, por exemplo, foi lançado o “Fettucce La Traviata”. Segundo a chef Gliciara Bueno, foram buscadas informações sobre a história do compositor Verdi para montar o prato.

“Escolhemos ingredientes da região onde ele nasceu, em Parma. São produtos bastante usados pela população local”, conta. “Temos uma massa diferente, cortada à mão, com abobrinha, cebola, salsa crespa, tomate cereja e presunto de Parma”, acrescenta a chef do restaurante, que foi o primeiro a elaborar um prato sobre a ópera. Já no Jacobina Bar – outro empreendimento do mesmo dono da cantina, Delio Canabrava – foi criado o “Sanduíche La Traviata”, com pão italiano, queijo provolone, salame e rúcula.

No Bistrô Poivre Vert, o chef Leônidas Hoffmann pesquisou os costumes, o período histórico e a comida italiana. Assim, adaptou pratos já existentes e criou um verdadeiro cardápio “La Traviata”, com direito, até, à sobremesa. O prato “Verdi”, por exemplo, tem frango sauté, com acompanhamento de aspargos e cenouras glaceadas, e molho de trufas negras. “Os europeus não sabem que aqui na América Latina também temos trufas”, diz o chef. Já o “La Traviata” é uma combinação de spaghetti com molho de tomate, manjericão, salsa e queijo parmesão e carne picada.

Para encerrar a refeição, a sobremesa “Fresi Rigolleto”, que é servida numa taça, colorida com morangos marinados na bebida kirshe, suco de laranja e chantilly, acompanhado de purê de framboesa. No topo, um morango fresco fatiado, que lembra o adereço usado pelo bufão, personagem da ópera.

A variedade de pratos em homenagem à “La Traviata” é grande. No Bar Arrumadinho foi elaborado um antepasto com o mesmo nome da ópera. Na receita, idealizada pelo dono-gourmet Amaury César Miranda, tem presunto de Parma marinado com alcaparras, tomates secos, pimentões vermelho e amarelo, cebola, alho, ervas e muito azeite de oliva. O petisco pode ser saboreado com o tradicional pão italiano ou pão de ciabata.

Ópera – Quem degustar os pratos pode conhecer a obra de Verdi pessoalmente no Teatro Guaíra. Nela é encenada e cantada a história de amor entre uma cortesã e o filho de um nobre. Eles se separam a pedido do pai do rapaz, que depois se arrepende de seu ato. A cortesã, então, retoma o romance, mas ela já está bastante doente e seu corpo definha.

As récitas da ópera ocorrerão nos dias 18, 21, 23 e 25, às 20h. Nos dias 19 e 26, o espetáculo começa mais cedo, às 18h. Os ingressos estão à venda na bilheteria do Teatro, na Rua XV de Novembro, 971, Centro, do meio-dia às 21h. Os ingressos custam R$ 40,00 (platéia), R$ 30,00 (1o balcão) e R$ 20,00 (2o balcão).

Confira os endereços dos restaurantes
- Cantina Jacobina: Rua Itupava, 1.094, Alto da XV. Telefone: (41) 3078-0010.
- Jacobina Bar: Rua Almirante Tamandaré, 1.365, Alto da XV. Telefone: (41) 3016-6111.
- Bistrô Poivre Vert: Rua Coronel Dulcídio, 188, Batel. Telefone: (41) 3322-5797.
- Bar Arrumadinho: Rua Marechal Deodoro, 839, Centro. Telefone: (41) 3323-7356.

Teatro Guaíra abre temporada de La Traviata


Já foram vendidos quatro mil ingressos: estréia já está quase lotada

La Traviata conta a história de amor entre a cortesã Violetta Valery e o nobre Alfredo Germont, na França
A partir deste sábado (18), o Centro Cultural Teatro Guaíra traz a Curitiba a ópera La Traviata, obra de um dos mais respeitados compositores italianos, Giuseppe Verdi. As apresentações prosseguem nos dias 19, 21, 23, 25 e 26 de agosto, no auditório Bento Munhoz da Rocha Neto, no Teatro Guaíra, em dois horários: de terça-feira a sábado, às 20 horas e, aos domingos, às 18 horas.

Os ingressos estão à venda na bilheteria do espaço cultural e pela internet, no site www.teatroguaira.pr.gov.br. A expectativa é de que 13 mil pessoas assistam ao espetáculo. De acordo com o Centro Cultural Teatro Guaíra, até o momento já foram vendidos mais de quatro mil ingressos, sendo que, para a estréia, restam pouco mais de cem lugares, apenas no segundo balcão.

Na venda antecipada, os ingressos custam R$30,00 para a platéia, R$20,00 para o primeiro balcão e R$10,00 para o segundo balcão. No dia das apresentações, o valor será, respectivamente, R$40,00, R$30,00 e R$20,00. Maiores de 60 anos, estudantes e aqueles que possuem o cartão Teatro Guaíra ou a carteira de professor pagam meia-entrada. No dia 26, pelo Projeto Teatro Para o Povo, a entrada é franca. A bilheteria está aberta diariamente das 12 às 21 horas.

Composição – La Traviata conta a história de amor entre a cortesã Violetta Valery e o nobre Alfredo Germont, na França. Ao se conhecerem, os dois se apaixonam e passam a morar juntos. Porém, Violetta é pressionada pelo pai de Alfredo a terminar o relacionamento, sob o argumento de que a relação dos dois, mal vista pela sociedade, prejudicava a família. Violetta atende ao pedido e retorna à vida de cortesã. Tempos depois, o pai de Alfredo, arrependido, conta tudo ao filho e pede perdão a Violetta, que, já muito doente, acaba falecendo.

Escrita em 1853, a ópera é baseada no romance “A Dama das Camélias”, de Alexandre Dumas Filho, e apresentada em três atos. Além dos funcionários do Teatro Guaíra, centenas de pessoas foram contratadas direta e indiretamente, totalizando 500 profissionais envolvidos em um trabalho que começou há mais de um mês e se preocupa com cada detalhe, desde o bordado das roupas até o jogo de luzes.

Nas apresentações de vozes participam 60 cantores (48 do coro e 12 solistas) e os músicos da Orquestra Sinfônica do Paraná, acompanhados pelo pianista e pelo maestro. O coro é regido pelo maestro Emanuel Martinez. Os bailarinos são do Balé Teatro Guaíra, comandados pelo diretor artístico e maestro titular Alessandro Sangiorgi; e a produção cênica é do renomado artista tcheco Golat Ludek, dirigente do Teatro Nacional da Morávia-Silesiana, em Praga, que ambientou a montagem na década de XX. No elenco principal, a cantora italiana, Luiza Giannini, interpreta Violetta Valery.

Os 65 trajes femininos e masculinos do figurino são de concepção específica para esta ópera e foram criados por Eduardo Giacomini, responsável por vestir os cantores do coro e solistas. A maquiagem é de Marcelino de Miranda. Os adereços, peças importantes que complementam figurinos e cenários, foram criados pela aderecista Fabiele Colombo. A composição de luz é de responsabilidade de Nadja Naira.

Exposição – Também a partir deste sábado (18), às 18 horas, o público poderá apreciar a exposição de alguns figurinos das óperas já realizadas pelo Centro Cultural Teatro Guaíra, como Rigoletto, de Giuseppe Verdi; Orfeu e Eurídice, de Gluck; La Cenerentola e O Barbeiro de Sevilha, de Rossini; Halka, de Moniuszko; Don Giovanni, de Mozart; e a opereta Viúva Alegre, de Franz Lear. O evento acontece diariamente das 9 às 12 horas e de 13h30 às 18 horas.

Serviço: Ópera La Traviata
Data: dias 18, 21, 23 e 25, às 20 horas; dias 19 e 26, às 18 horas
Local: Teatro Guaíra, rua XV de Novembro, 971, Centro, Curitiba.


Matéria publicado em 17/08/2007 no Bem Paraná

sexta-feira, 17 de agosto de 2007

"La Traviata" é atração do fim de semana, no Guairão

A história de Marie Duplessis, uma das mais cobiçadas cortesãs francesas dos anos 1840, inspirou o escritor Alexandre Dumas Filho, que fez da vida dela o argumento para o romance "A Dama das Camélias". A partir do mesmo tema, no Brasil José de Alencar escreveu "Lucíola" e na Itália o livro de Dumas foi adaptado pelo compositor italiano Giuseppe Verdi para os palcos na ópera "La Traviata", de 1853, com libreto de Francesco Maria Piave.

A montagem da ópera estréia neste sábado (18), às 20 horas, no Teatro Guaíra, e segue com apresentações até 26 de agosto, sob a direção de cena do tcheco Golat Ludek e artística do maestro Alessandro Sangiorgi. Esta é a segunda ópera montada este ano pelo Centro Cultural Teatro Guaíra (CCTG), a primeira foi "Rigoletto", apresentada no último mês de maio.

A Ópera
O enredo de "La Traviata", apresentado em três atos, conta a história de Violetta Valery e Alfredo Germont, interpretados, respectivamente, pela cantora italiana Luiza Giannini e pelo tenor Francisco Simal. Ela é uma cortesã que sobrevive às custas dos presentes de seus amantes e desperta a paixão do jovem nobre Alfredo.

Os encontros da cortesã e seu amante, ambientados originalmente no século 19, foram transferidos, na montagem do Guairão, para os anos 20. A encenação conta com mais dez solistas, um coro de 48 cantores, bailarinos do Balé Teatro Guaíra e a Orquestra Sinfônica do Paraná.

O primeiro ato se passa no salão da casa de Violetta, depois que um prelúdio sugere uma tragédia. É quando ela conhece Alfredo. Tocada ao saber que o desconhecido buscara notícias suas todos os dias enquanto estivera doente, Violetta avisa que é incapaz de amar, mas convida o rapaz a voltar no dia seguinte.

No segundo ato, dividido em duas cenas, os dias de paixão de Alfredo e Violetta são interrompidos pelas súplicas do pai dele, que teme que a relação “desonrosa” atrapalhe os planos de casamento da filha. Violetta se comove e abandona o amante, sem lhe explicar o real motivo. Em vez disso, finge que troca o amor dele pelas atenções do Barão, um antigo protetor.

Quando as verdadeiras razões da separação vêm à tona, é tarde demais. O prelúdio ao terceiro ato revela que Violetta está prestes a morrer de tuberculose. Alfredo, que a ofendera, procura a amada para lhe pedir perdão. Mas a encontra já no leito de morte.

Recursos
Para a montagem foi feito um investimento no valor de R$ 320 mil, sendo R$ 250 mil captados por meio da Lei Rouanet e R$ 70 mil de recursos próprios do Centro Cultural Teatro Guaíra. Ao todo, 406 pessoas trabalharam na produção da ópera, entre funcionários efetivos do CCTG e empregos temporários. Cinqüenta e duas pessoas foram contratadas para participar do coral que se apresenta no espetáculo e sete músicos vão reforçar a orquestra. Soma-se a esse grupo 14 técnicos e 45 pessoas que atuam em outras funções nas áreas de cenografia, iluminação, contra-regra, figurinos, adereços, cabelo e maquiagem, entre outras.

Os ingressos para a noite de estréia, no sábado (18), estão esgotados. Os interessados poderão assistir "La Traviata" nas próximas apresentações.

Confira outras atrações no Guias e Roteiros
Serviço: La Traviata. Estréia sábado (18) às 20 horas. Teatro Guaíra (Praça Santos Andrade, s/nº) Tel.: 3304-7982. Reapresentações: domingo (19 e 26) às 18 horas; terça-feira (21), quinta-feira (23) e sábado (25) às 20 horas.
Ingressos para estréia estão esgotados. Os valores para compra antecipada são R$ 30,00 para a platéia, R$ 20,00 para o 1º balcão e R$ 10,00 para o 2º balcão. No dia das apresentações as entradas custarão R$ 40,00 (platéia), R$ 30,00 (1º balcão) e R$ 20,00 (2º). A bilheteria do teatro funciona todos os dias, do meio-dia às 21 horas.


por GAZETA DO POVO ONLINE
COM INFORMAÇÕES DA REPÓRTER LUCIANA ROMAGNOLLI - GAZETA DO POVO
17/08/2007 - Caderno G

Uma tarde de preparativos na ópera



As partes dos cenários ainda estão espalhadas pelo palco, para os últimos retoques

Quando o palco do Teatro Guaíra se iluminar para a estréia da ópera La Traviata, no próximo sábado (18), nem todos na platéia poderão aproveitar tranqüilamente o espetáculo. Haverá gente preocupada com o figurino, outros atentos ao cenário e ainda aqueles que ficarão nas coxias, prontos a atender a qualquer emergência. São os profissionais que trabalham nos bastidores e, embora não mostrem a cara ao público, têm tanta responsabilidade pelo que acontece em cena quanto os cantores e músicos.

A reportagem do Caderno G passou uma tarde no teatro para conhecer um pouco da rotina de quem faz o espetáculo acontecer. A poucos dias da estréia, o clima entre os técnicos e artistas é calmo. A não ser quando algo sai errado.

“Posso ficar desesperado? O alfaiate só cortou três smokings!”, comunica o figurinista Eduardo Giacomini às costureiras Sueli e Neca. Eduardo está atarefado, mas diz que “tempo a gente arruma”. É com esse espírito, de não se apavorar ao correr contra o relógio, que a equipe de La Traviata dá conta de preparar, em menos de um mês, o palco e as vestimentas que ambientarão o drama de Violetta, a Dama das Camélias.



Eduardo Giacomini trabalha nos vestidos inspirados nos anos 20

A trama foi escrita em 1853 por Alexandre Dumas, transformada em ópera por Giuseppe Verdi e trazida aos anos 1920 pelo diretor Golat Ludek. O diretor já havia montado a mesma ópera em Praga e mostrou a Giacomini as fotografias dos figurinos usados na versão tcheca. O figurinista fez mais pesquisas em filmes e na internet, até chegar ao modo como as roupas eram construídas na década de 20, quando as mulheres enfim abandonaram os espartilho.

O estilo da época, personificado por Coco Chanel, propunha cortes retos, vestidos leves e o uso de colares compridos, que davam voltas no pescoço. Como o Guairão é amplo e a platéia fica distante, as bijuterias levam contas grandes, visíveis de longe. “Não adianta criar detalhes que só farão os cantores felizes e ninguém verá da platéia”, diz o figurinista. “De perto, algumas peças são grotescas”, confessa.

Os trajes masculinos são todos smokings, alugados ou encomendados a um alfaiate. Já os vestidos femininos ficaram nas mãos de sete costureiras. Quando os trajes estiverem prontos e o espetáculo estrear, Giacomini vai assistir da platéia ao resultado de seus esforços. E quando vir algum problema, avisa, sairá correndo para resolvê-lo.

A linha e a agulha



Neca e Sueli são as costureiras mais experientes dos bastidores

Confeccionar 40 vestidos em menos de 30 dias, segundo o Giacomini, só foi possível pela ajuda de duas costureiras experientes. Sueli Carbonar e Terezinha Pereira, a Neca, manuseiam tesouras, agulhas e linhas nos bastidores do Teatro Guaíra há mais de duas décadas. A eficiência da dupla foi um dos impulsos para que os figurinos chegassem adiantados às véspera da estréia. Agora, elas terminam os vestidos bordando pequenas miçangas nas saias.

O trabalho minucioso foi orientado por Giacomini, mas o sorriso delas cresce ao contar que conseguem imprimir sua criatividade às peças. La Traviata não apresenta um desafio tão complicado para as duas. “O modelo era um só”, resume Neca, sobre os anos 20. “Difícil são os vestidos de 1800, longos, com saias e mangas bufantes”, concorda Sueli.

Elas dificilmente verão seus trabalhos da mesma perspectiva que o público. Sempre assistem dos bastidores, prontas a ajudar os cantores em uma troca de roupa e a socorrer quando um conserto for urgente. Mas, quando surge alguma cena mais esperada, Sueli e Neca escapam para a frente do palco e espiam. Afinal, a curiosidade é humana. E elas adoram o trabalho que fazem.

Defeitos que os outros não vêem



O cenógrafo Carlos Kur se apressa para aprontar os três cenários

Carlos Kur veio do Uruguai e guarda ainda algumas palavras em espanhol, que se apressa em substituir pelo português. Formado em Belas Artes, o estudante que ambicionava ser o “novo Van Gogh” foi picado pelo tal bichinho do teatro, sem cura.

O cenógrafo trabalhou em Montevidéu e Porto Alegre antes de chegar a Curitiba e ingressar no Teatro Guaíra, onde atua desde 1976. La Traviata não é um mistério para ele, que já produziu outras três vezes cenários para montagens da ópera. A diferença entre elas? “São como filhos, a gente tem uma pequena preferência por um, mas não fala”, desconversa.

Números
65 TRAJES femininos e masculinos estão sendo confeccionados para La Traviata. São smokings e vestidos à moda dos anos 1920. Entre os adereços, estão colares típicos da época.

60 CANTORES se apresentarão no cenário criado por Carlos Kur. São 12 solistas e 48 do coro, que soltarão a voz acompanhados pelos músicos da Orquestra Sinfônica do Paraná.

“La Traviata é uma produção normal, não muito luxuosa”, diz. São três cenários: a casa de Violetta, o jardim de inverno onde ela e Alfredo vivem sua paixão e o salão da casa de uma amiga. Para a trágica cena final, a personagem volta ao primeiro ambiente. Embora o figurino traga o drama para os anos 20, as construções foram inspiradas em meados do século 19, como se o cenário tivesse sobrevivido ao tempo e já fosse antigo no momento da ação.

Os pedaços dos cenários ainda estão espalhados pelo palco. Dispersos, parecem muito longe de ficarem prontos. Mas Kur diz que não, que quando juntar as partes, o quebra-cabeças estará montado. Para aprontar tudo em um mês, 17 pessoas trabalham 11 horas por dia na construção e nas trocas de cenário durante os ensaios.

“Sempre estamos atrasados”, diz Kur, com a segurança de quem vencerá o tempo e entregará tudo para a estréia. Ele vai assistir à apresentação da platéia. Como será o momento? “Ruim, porque vejo todos os defeitos que os outros não vêem”, diz.

Apesar da preocupação, os aplausos finais serão para ele também.

Fotos: Aniele Nascimento/ Gazeta do Povo

Mais gente suando a camisa

O Portal Santa Felicidade anuncia o que tem de bom em Curitiba





quarta-feira, 15 de agosto de 2007

“Suando a camisa”

Os últimos preparativos para a estréia de La Traviata estão fazendo com que toda a equipe trabalhe num ritmo absolutamente acelerado. A Equipe Técnica vem fazendo um trabalho dioturno para atender a todas as solicitações do regista Ludek Golat, figura das mais empenhadas durante o trabalho.

O diretor Ludek Golat é um tcheco bem humorado. Alegre, ágil no palco apesar do seu tamanho gigantesco, o elenco o adora mesmo com o tom enérgico que ele usa durante os ensaios.

Não pára um instante. E fica pulando de poltrona e poltrona para ouvir a ópera de todos os lados da platéia.

Ao começar uma produção, ele pergunta aos solistas se eles sabem o que estão cantando. Segundo ele, a maioria não sabe.

Quando é apresentado a alguém, imediatamente tira da pasta a fotografia da esposa, orgulhosíssimo da linda mulher de 22 anos.

Adora a comida brasileira. Golat, depois de cada almoço, costuma dizer “isso não é almoço, é suicídio”.

E não se separa do dicionário tcheco-português que, à página 510, tem o capítulo “Variações sobre maneiras de ser assaltado no Brasil”.

Ludek Golat dá sua opinião sobre os solistas principais

Sobre Luisa Giannini (papel da Violetta Valery):
“Aqui no Guaíra encontrei a Luisa. Ela entende tudo o que está falando! Sabe exatamente o momento de tensão e o momento de estar tranqüila. Além da grande interpretação, a Luisa consegue uma grande coisa. O papel da Violeta foi escrito para três vozes. No entanto, ela reúne, em uma única voz, as três que se precisa para fazer a Traviata”.

Sobre o tenor Francisco Simal (papel de Alfredo Germont):
“Um talento nato!”

Sobre o barítono Douglas Hanh (papel de Giorgio Germont:
“O Douglas é, em absoluto, o melhor intérprete de Germont que já ouvi em mais de cem (100) produções da Traviata.”

Os cenários, completamente construídos, estão em fase de montagem sob a orientação de Carlos Kur. A equipe técnica trabalha de forma contínua e célere para dar forma final e acabamento aos quatro diferentes ambientes criados pelo cenógrafo.

Eduardo Giacomini vê seus figurinos tomarem formas definitivas nas mãos do pessoal da costura. Ricos em detalhes, os trajes estão recebendo o último tratamento para vestirem os intérpretes.

Giuseppe Verdi - Uma Vida Que Daria Um Libreto


Soldados russos e austríacos invadem de maneira avassaladora o pequeno povoado que não possui mais de duzentos habitantes. A soldadesca sanguinária persegue e assassina todos os moradores que consegue encontrar, sem fazer distinção. A mortandade inclui mulheres, crianças e velhos. Em meio ao caos e à correria um grupo de mulheres foge em desabalada carreira para a igreja levando suas crianças, na tentativa desesperada de escapar à morte eminente. Nem alí estão à salvo. A tropa ensandecida invade a igreja impondo àquelas mulheres a mesma barbárie que vinha perpetrando nas ruas. Em meio à confusão uma jovem fiandeira, com um filho de poucos meses ao peito, corre para a sacristia e vislumbrando uma pequena porta de saída entra por ela. É o acesso à uma escada muito estreita que leva ao ambiente acanhado de uma torre. Luíza, a fiandeira, permaneceu alí por horas, com o filho grudado ao seio, até que o perigo houvesse cessado.

A criança que está ao colo de Luíza é o pequeno Joseph François, nome de batismo daquele que viria a ser o compositor das óperas Aída, La Traviata, Otelo e tantas outras.

O fato se dá na aldeola de Roncole, que faz parte de um vilarejo chamado Busseto, localizado entre as cidades de Parma e Piacenza. O território à época era ocupado pelos franceses e, estando próxima do fim a luta contra Napoleão na Europa, foi invadido por tropas russas e austríacas em 1814.

Em 1813, portanto um ano antes do episódio, na Província de Piacenza, no norte da Itália, então território francês, foi levado a termo, em francês, o seguinte registro de nascimento:

“No ano de 1813, a 12 de outubro, às nove horas da manhã, perante mim, maire de Busseto, autoridade civil da dita comuna de Busseto, no departamento de Taro, compareceu Verdi, Carlo, de vinte e oito anos de idade, estalajadeiro, domiciliado em Roncole, que nos apresentou uma criança do sexo masculino, nascida a dez do mês corrente, às oito horas da noite, filho do declarante e de sua esposa Luíza Utini, fiandeira, domiciliada em Roncole, e à cuja criança declarou ser seu desejo dar os nome de batismo de Joseph Fortunin François. A dita declaração e apresentação foi feita na presença de Romanelli Antoine, de cinqüenta e um anos, meirinho do maire e de Cantú Hiacinte, de sessenta e um anos, guarda-portão, domiciliado em Busseto, os quais, depois de o presente assento ter lido ao comparecente e às testemunhas, assinam conosco. Antoine Romanelli, Verdi Carlo, Hiacinte Cantù, Vitali”.

Assim foi registrado o nascimento de Giuseppe Fortunino Francesco Verdi, declarado por seu pai, Carlo, que era um estalajadeiro muito simples e dado ao consumo constante de bebidas; o nome francês é em função do território estar sob a dominação de Napoleão à época.

Giuseppe era uma criança quieta e muito séria. Seus pais não eram ligados à música e a própria aldeola de Roncale só ouvia o que era tocado na igreja e o que os raros rabequistas ambulantes apresentavam de quando em quando. Bagasset, um desses rabequistas, encantava Giuseppe à sua passagem.

Aos sete anos, Giuseppe era o coroinha da igreja da pequena Roncale. Numa ocasião, durante a Missa, se deixou absorver totalmente pela música que tocava e esqueceu de passar a água ao celebrante, levando um pontapé que fez com que rolasse pelos degraus do altar, estatelando-se pálido e ensanguentado no chão do templo. Nesse estado lamentável foi levado para casa. Diante do susto dos pais que lhe perguntavam o que havia acontecido, respondeu: “Deixem-me aprender música!”

O pai comprou-lhe uma velha espineta. Do primeiro contato com o instrumento surgiram alguns acordes agradáveis para alegria do pequeno Giuseppe. Mas ao tentar repetir o feito sem sucesso extravasou sua decepção usando um martelo. Cavalletti, um afinador, foi chamado e fez os reparos sem aceitar pagamento, deixando dentro da espineta um bilhete: “Eu, Stephen Cavalletti, consertei estas alavancas e estes martelos e coloquei os pedais, de que faço presente, juntamente com as alavancas, por ver como o jovem Giuseppe Verdi está disposto a aprender a tocar este instrumento; isto significa para mim paga suficiente.” Verdi conservou a espineta pelo resto da vida.

Baistrocchi, o organista da aldeia, ensinou a Verdi os rudimentos da educação musical. O menino fez tais progressos que, falecendo o mestre, ocupou-lhe o lugar de organista aos 12 anos de idade. Na mesma época, frequentava uma escola em Busseto, voltando a Roncole todos os domingos por causa das atividades da igreja. A dedicação lhe valeu uma grande popularidade entre os aldeões, a tal ponto que, quando o bispo quis substituí-lo por um protegido, a população invadiu a igreja exigindo sua permanência.

Carlo Verdi, o pai de Giuseppe, fazia as compras de suas provisões em Busseto no estabelecimento de Antonio Barezzi, um comerciante bem sucedido. Não raro o menino de dez anos acompanhava o pai. Algumas vezes o próprio Giuseppe levava os pedidos. Barezzi tocava flauta e clarinete e era presidente da Sociedade Filarmônica local. O negociante gostava muito do menino e, apesar de seus dez anos, aceitou-o como empregado. Com isso, Verdi teve a oportunidade de estar em contato freqüente com a música, acumulando valiosa experiência na cópia de partituras, além de tocar duetos ao piano com Margarida, a filha do patrão que, mais tarde, viria a ser sua esposa. Ferdinando Provesi, organista de Busseto e regente da Sociedade Filarmônica, lecionava música para Verdi. Quando este estava com dezesseis anos, Provesi renunciou a ambos os cargos em seu favor. Verdi se tornara, então, pessoa de destacada importância na pequena cidade.

Apoiado por seus concidadãos, o futuro compositor foi para Milão com o auxílio de um subsídio de uma sociedade beneficente de sua comunidade, acrescido de generosa quantia que o comerciante e músico Barezzi fez questão de acrescentar de forma pessoal.

Em Milão Verdi tornou-se discípulo do compositor Lavigna, que era bastante experiente no campo da ópera, graças à sua condição de cimbalista na Orquestra do Teatro Scala. Com Lavigna, além de fazer um curso sério de harmonia e contraponto, Verdi pode valer-se da grande experiência prática operística do compositor, o que lhe foi extremamente útil.

Amigos desde criança, Verdi casou-se com Margarida Barezzi em 1835. Nos três anos que se seguiram, tiveram um casal de filhos. Em 1839 a família transferiu-se para Milão.

Os projetos e tentativas de realizações em Milão sofreram uma série de contratempos e cancelamentos, provocando em Verdi uma profunda decepção, a ponto de pensar em abandonar a carreira de compositor de óperas e retornar a Busseto. Margarida, sua esposa, não só dissuadi-o da idéia mais ainda, mais tarde, diante de dificuldades financeiras, penhorou suas jóias para que fosse possível a permanência da família em Milão.

Além de enfrentar terríveis problemas financeiros Verdi começa a ter problemas de saúde, acometido de uma doença que lhe atacava o coração. Como se isso não bastasse, seu filhinho de 3 anos morreu nos braços de Margarida, vítima de um mal que os médicos não puderam descobrir. Dias depois era a filhinha quem jazia nos braços da mães desolada. Dois meses depois era o funeral da própria Margarida, vítima de uma inflamação cerebral, que saía da casa de Verdi. Em apenas dois meses sua família havia sido dizimada e ele ficou extremamente só.

“Com a alma torturada pelas desventuras, desgostoso com o insucesso do meu trabalho, fiquei convencido de que era inútil esperar consolação na arte e decidi não mais compor.”, diria o compositor mais tarde.

Merelli, famoso diretor do Scala de Milão, foi quem fez Verdi quebrar sua resolução de não mais compor, quando colocou no bolso de seu casaco o libreto de Nabucodonosor, de autoria de Solera. Verdi dedicou-se com afinco à obra e à 9 de março de 1842 estreava o seu primeiro grande triunfo. Todos perceberam a grande força desse trabalho e que um novo espírito penetrara na ópera italiana. O coro do povo hebreu cativo, Va Pensiero, obteve grande êxito junto à população do norte da Itália, então sob dominação austríaca, que sentiu na letra e na música a expressão de suas próprias aspirações de liberdade. Enfim, o vigor e a energia de Nabucco provocaram no úblico italiano amante da ópera uma reação como há muito não se via nos teatros. E, tendo conservado sempre a mesma tônica em suas obras, Verdi passou a ser visto e respeitado como um grande patriota. O público se apegava a qualquer coisa nos libretos de suas óperas que se pudesse aplicar à política, isso muito por conta da dominação estrangeira a que era submetido.

Verdi, contudo, não tinha nenhuma propensão à política , acreditando que os cidadãos deveriam abster-se da lutas partidárias e trabalhar arduamente pelo bem da pátria.

A principal intérprete de Nabucco foi a soprano Giuseppina Strepponi, que viria a ser sua esposa.

Daí em diante os sucessos sucederam-se rapidamente e Verdi tornou-se um homem abastado e, mais tarde, extraordinariamente rico. Com o dinheiro de seus primeiros sucessos adquiriu algumas casas nas proximidades de sua terra natal, que mais tarde viriam a transformar-se numa esplêndida propriedade, administrada pelo próprio compositor, homem de negócios escrupuloso e sagaz em que se havia tornado.

Verdi produzia num ritmo vertiginoso nesta fase de sua vida, chegando a produzir mais de uma ópera por ano.

Mais tarde, até porque o seu trabalho e seus temas exigiam muito mais elaboração, o compositor produz mais lentamente, resultando, por outro lado em obras de maior vulto.

À esta altura Giuseppe Verdi já é um grande destaque na música européia. Rico, admirado e festejado, o compositor é o único representante da arte musical italiana em franca atividade. Recolhido à sua propriedade, que fica próxima a Roncole, vive em companhia daquela que foi uma das maiores intérpretes de suas óperas: Giuseppina Strepponi, que renunciou à carreira artística para permanecer junto a ele. Incentivado pela presença afetuosa de Giuseppina, Verdi compõe Rigoletto, que estréia com sucesso estrondoso. A tristeza não tardaria, contudo, a abater-se sobre ele. Logo em seguida morre Luisa Verdi, a mãe de Giuseppe, na propriedade em que ele instalara confortavelmente os pais. Longos meses de silêncio se fizeram novamente em sua vida.

Pouco tempo depois, Salvatore Cammarano oferece a Verdi o libreto de Il Trovatore, que o compositor transforma em um êxito ainda maior que Rigoletto.

Em 6 de fevereiro de 1852, Verdi vai em companhia de Giuseppina assistir à encenação de “A Dama das Camélias”, no teatro parisiense Vaudeville. Impressionado pela qualidade teatral do drama, o compositor resolve transformar a história em ópera com o nome de La Traviata, que compôs no curto espaço de seis semanas, com a colaboração do libretista Francesco Maria Piave, obra que viria a tornar-se junto com “Rigoletto” e “Il Trovatore” as criações mais conhecidas de Verdi e que lhe deram o definitivo sucesso mundial.

Reconhecido ainda em vida, se fosse importante para ele, seria coberto de honrarias, mas Verdi achava que essas coisas nada significavam, chegando a recusar títulos que lhe foram outorgados.

Aos oitenta e dois anos Giuseppe Verdi escreveu: “Nascido pobre, numa aldeia, não tive meios para aprender qualquer coisa. Deram-me uma miserável espineta e, pouco depois, comecei a escrever notas... notas e notas... nada senão notas! E foi tudo. O pior é que agora, com oitenta e dois anos, duvido que as notas valham alguma coisa! É um tormento para mim, uma desolação!”

Em 1897 morre a querida companheira Giusepinna. As forças começam a faltar ao velho e robusto corpo do compositor. A solidão, antes hábito e tônico para o seu trabalho, tornou-se fonte de melancolia.

Três anos após a morte de Giuseppina Verdi escreveu a um amigo: “Embora os médicos me digam que não estou doente, sinto que tudo me apoquenta: já não posso ler nem escrever; minha vista não é boa, a minha audição é ainda pior; e acima de tudo, os membros já não me obedecem. Não vivo, vegeto. Que estou a fazer no mundo?”

Em 21 de janeiro de 1901, no seu aposento do Hotel de Milão, enquanto se vestia, foi vitimado por um ataque que o levaria à morte seis dias depois.

Foi sepultado como pediu em testamento: “...muito modestamente, ou de madrugada ou com as Ave-Marias, à noitinha, sem música.” Seus restos mortais foram colocados ao lado dos de Giuseppina. Depois foi homenageado com um funeral público de grande pompa, reservado habitualmente a chefes de estado.

Os últimos preparativos


Os últimos preparativos para a estréia da Ópera La Traviata, de Giuseppe Verdi (1813-1901) que estréia no próximo sábado, dia 18, acontecem nesta semana.

Esta é a segunda ópera produzida pelo Centro Cultural Teatro Guaíra este ano e terá seis récitas.

Dias 18, 19, 21, 23, 25 e 26 de agosto, de terça à sábado, às 20h e domingo, às 18h no Guairão

segunda-feira, 13 de agosto de 2007

Envie a um amigo a programação completa

Dias: 18, 19, 21, 23, 25 e 26 de agosto
Horário: de terça à sábado, às 20h e domingo, às 18h
Auditório: Bento Munhoz da Rocha Netto (Guairão)
Postos de Venda: Bilheterias do Teatro e Internet
Classificação: recomendado para maiores de 12 anos
Direção de cena: Golat Ludek
Regência e direção musical: Alessandro Sangiorgi
Maestros auxiliares: Isaque Lacerda, Raul Alexandre Passos e Margarethe Nascimento
Iluminação: Nadja Naira
Figurinos: Eduardo Giacomini
Cenografia: Carlos Kur.

Venda antecipada: R$30,00 platéia); R$20,00 (1º balcão) e R$10,00 (2º balcão).
Preços efetivos: R$ 40,00 (platéia); R$ 30,00 (1º balcão) e R$ 20,00 (2º balcão).

Descontos de 50% para o Cartão Teatro Guaíra, carteirinha do professor, maiores de 60 anos e estudantes.

Informações: 3304-7979 ou tguaira@cctg.pr.gov.br




Ensaio - 10 de agosto

Delicioso ensaio com a direção de Ludek Golat e do maestro Alessandro Sangiorgi. A estréia promete!




quinta-feira, 9 de agosto de 2007

La Traviata

Chamada - vídeo

La Traviata movimenta os bastidores do Teatro Guaíra

Para que uma ópera seja apresentada ao público uma série de providências são tomadas com antecedência. Isto vai desde a escolha da obra até a contratação de cantores, músicos e técnicos, envolvendo dezenas de pessoas.

Cantores, músicos da Orquestra Sinfônica do Paraná, regentes, pianistas, preparador vocal, bailarinos, costureiras, técnicos em cenários e figurinos, e muitos outros trabalham em todos os cantos do prédio e fora deste. O resultado de toda essa movimentação será apreciado pelo público durante as seis récitas.

Mas nem tudo será ser visto, só os olhos mais atentos observarão os pequenos detalhes como bordados, sapatos, bijuterias entre outros que fazem parte de todo o conjunto de vestimentas e adereços utilizados pelos artistas.

O figurinista Eduardo Giacomini, grande conhecedor desta arte, responsável por vestir os 48 cantores do coro e os 12 solistas, acumula conhecimentos também como ator, aderecista e cenógrafo. Nesta produção ele trabalha em conjunto com o maquiador e cabeleireiro Marcelino de Miranda que atua há dez anos em espetáculos de teatro, televisão, cinema e ópera.

Para a elaboração dos figurinos, adereços, penteados e maquiagem que serão usados pelos cantores, os dois se utilizam de pesquisas em livros e filmes da década de 20, ambientação desta produção.

Os 65 trajes femininos e masculinos são concepções específicas para La Traviata. A maioria dos sapatos é do acervo do Teatro Guaíra e foram pintados e modificados pelo próprio Eduardo. A equipe formada por 7 pessoas entre costureiras, bordadeiras e figurinista trabalha em ritmo acelerado.

Mas não termina por aí. As bijuterias e adereços, peças importantes no vestuário da época que ornamentam os cantores, foram criadas pela aderecista Fabiele Colombo.

Ludek Golat inicia os ensaios com o elenco de La Traviata

Os cantores e o coro de La Traviata estão realizando os ensaios pré-palco com a orientação do regista Ludek Golat que chegou esta semana à Curitiba.

Em fase de preparação para os ensaios de palco, Golat vem orientando o elenco sobre as exigências da montagem, possibilitando a elaboração dos personagens. Além dos solistas, o coro de 48 vozes, sob a direção do maestro Martinez, ensaia em ritmo acelerado, visando a estréia do dia 18.

Libiamo, Libiamo Ne’lieti Calici

Libiamo, libiamo ne’lieti calici (brindisi) - "la traviata"

Alfredo:
Libiamo, libiamo ne’lieti calici che la belleza infiora.
E la fuggevol ora s’inebrii a voluttà.
Libiamo ne’dolci fremiti
Che suscita l’amore,
Poiché quell’occhio al core
Onnipotente va.
Libiamo, amore fra i calici
Più caldi baci avrà.

Todos:
Libiamo, amore, amor fra i calici
Più caldi baci avrà.

Violetta:
Tra voi, tra voi saprò dividere il tempo mio giocondo
Tutto è follia nel mondo ciò
Che non è piacer.
Godiam, fugace e rapido
E’il gaudio dell’amore,
E’un fior che nasce e muore,
Ne più si può goder.
Godiam, c’invita un fervido accento lusighier.

Todos:
Godiamo, la tazza e il cantico le notti abbella e il riso. in questo paradiso ne sopra

Violetta:
La vita è nel tripudio

Alfredo:
Quando non s’ami ancora.

Violetta:
Nol dite a chi l’ignora,

Alfredo:
E’ il mio destin così...

Todos:
Godiamo, la tazza e il cantico le notti abbella e il riso; in questo paradiso ne sopra il nuovo dì.

Ouça aqui

La Traviata reúne 500 profissionais na preparação da ópera no Teatro Guaíra

Cerca de 500 profissionais trabalham há mais de um mês na preparação da ópera La Traviata, do italiano Giuseppe Verdi, que estréia no sábado (18) da semana que vem, no Guairão. Cantores, músicos da Orquestra Sinfônica do Paraná, regentes, pianistas, preparador vocal, bailarinos, costureiras, técnicos em cenários e figurinos trabalham para encantar o público durante as apresentações. A musicalidade, dramatização e beleza da ópera La Traviata é trazida a Curitiba pelo Centro Cultural Teatro Guaíra.

A preparação gerou mais de 270 empregos temporários, com a contratação de técnicos e pessoas que atuam em diferentes funções, 160 empregos indiretos, além dos profissionais que já atuam no Teatro Guaíra. O maestro Alessandro Sangiorgi compara a produção de uma ópera à construção de um edifício. “Tudo começa no alicerce e, aos poucos, vai ganhando forma. São milhares de detalhes, divididos em vários setores e cada um faz a sua parte que aos poucos vai se encaixando às outras até chegar à estréia”, diz.

Detalhes – Pequenos detalhes, como bordados, sapatos e bijuterias, fazem parte do conjunto de vestimentas e adereços utilizados pelos artistas e são preparados cautelosamente por profissionais contratados, que buscam o resultado harmônico com a história de amor e sofrimento entre a cortesã francesa Violetta Valery e o nobre francês Alfredo Germont.

O figurinista Eduardo Giacomini, responsável por vestir os 48 cantores do coro e os 12 solistas, acumula conhecimentos também como ator, aderecista e cenógrafo. Nesta produção, ele atua em conjunto com o maquiador e cabeleireiro Marcelino de Miranda, que há dez anos trabalha em espetáculos de teatro, televisão, cinema e ópera. Para a elaboração dos figurinos, adereços, penteados e maquiagem, os dois pesquisaram livros e filmes.

A equipe formada por sete pessoas, entre costureiras, bordadeiras e figurinista, trabalha em ritmo acelerado para a confecção dos 65 trajes femininos e masculinos, específicos para a ópera La Traviata. A maioria dos sapatos é do acervo do Teatro Guaíra e foram pintados e modificados pelo próprio Eduardo. Para completar a composição, lindas bijuterias e adereços, peças importantes no vestuário da época, que ornamentam os cantores foram criadas pela aderecista Fabiele Colombo.

Nove pessoas trabalham na confecção dos cenários dos três atos da ópera, desenvolvidos em um barracão no bairro Ahú, em Curitiba, e mais tarde serão trazidos ao palco para as finalizações. Esses cenários são idealizados por Carlos Kur, uruguaio vinculado ao Teatro Guaíra desde 1976, onde já trabalhou também com figurinos e luz para várias apresentações de balés e outras óperas.

Vozes – Paralelamente à parte técnica, profissionais especializados preparam os 60 cantores (48 do coro e 12 solistas) e os músicos da Orquestra Sinfônica do Paraná. A atuação desses artistas no palco é determinada passo a passo com a ajuda do pianista co-repetidor, maestro, preparador vocal e diretor de cena. Nesta produção, os trabalhos cênicos são do renomado artista tcheco Golat Ludek, dirigente do Teatro Nacional da Morávia-Silesiana, em Praga, há nove anos.

O coro é regido pelo maestro Emanuel Martinez; os bailarinos são do Balé Teatro Guaíra, além da Orquestra Sinfônica do Paraná. A direção artística é do maestro-titular Alessandro Sangiorgi. No elenco principal, a cantora italiana, Luiza Giannini, interpreta Violetta Valery.

Nos outros papéis estão os brasileiros: Francisco Simal (Alfredo Germont), Douglas Hahn (Giorgio Germont), Diana Daniel (Flora Bervoix), Ariadne Oliveira (Annina), Vicenzo Cortese - italiano naturalizado brasileiro (Gastone), Divonei Scorzato (Barone Douphol), Yuri Jaruskevicius (Dottor Grenvil), Paulo Barato (Marchese D’obigny), Ailson Martins da Silva (Giuseppe), Wantuil Rigoni Neto (Domestico Di Flora), Fredinei Bráulio Branco (Comissionario).

A ópera La Traviata fica em cartaz até o dia 26, de terça-feira a sábado, com apresentações às 20 horas, e domingo às 18 horas. Os ingressos (venda antecipada) custam: R$ 30,00 (platéia), R$ 20,00 (1º balcão) e R$ 10,00 (2º balcão). Para a compra no dia das apresentações, os valores são: R$ 40,00 (platéia), R$ 30,00 (1º balcão) e R$ 20,00 (2º balcão). No dia 26, pelo Projeto Teatro para o Povo, a entrada é franca.

O escritor – Giuseppe Verdi é um dos mais respeitados compositores italianos (1853/1901). De família humilde, dedicou-se desde pequeno à música. Aos sete anos de idade já trabalhava como auxiliar de organista. Em 1842, suas composições trágicas e heróicas encontraram respaldo em seu país, que lutava pela liberdade. Apesar das dificuldades encontradas em sua carreira, devido aos problemas pessoais e políticos, seu talento conquista a Europa e América. Em suas obras, os temas políticos são muito valorizados. Entre as dezenas de peças escritas por ele, estão: Nabucco (1842), Macbeth (1847), Jerusalém (1847), La Traviata (1853), Aida (1871) e um Réquiem (1874). Ao morrer, 28 mil pessoas foram em seu funeral.

A ópera – Escrita em 1853, La Traviata é uma adaptação de “A Dama das Camélias”, de Alexandre Dumas Filho. A encenação está dividida em três atos.

Conheça a história de La Traviata
Ato I: um salão na casa parisiense de Violetta. Depois de prelúdio sugerindo a tragédia iminente, a cena revela uma festa alegre e sofisticada. Violetta cumprimenta os convidados retardatários, inclusive Flora e seu acompanhante, o Marquês d’Obigny. Um outro amigo, Gaston, a apresenta a um recém-chegado, Alfredo Germont. Gaston diz a Violetta que Alfredo só faz pensar nela e, recentemente, enquanto ela estava enferma, procurava notícias sobre o estado dela todos os dias. Tocada por tal preocupação, Violetta observa a seu protetor da época, o Barão Douphol, que isso era mais do que ele havia feito.

Violetta junta-se a Gaston para persuadir o relutante Alfredo a entreter o grupo com uma canção e, afortunadamente, ele é um tenor lírico e brinda a todos com o “Brindisi” (Libiamo ne’lieti calici), um elogio ao vinho e ao prazer, acompanhado por Violetta e todo o grupo. Escuta-se música de uma sala adjacente e Violetta propõe a todos para lá se dirigirem, a fim de dançar. Ela sofre um desmaio ao sair e permanece na sala para recuperar-se. Alfredo também fica para trás e percebe os espasmos de tosse de Violetta, avisando-a que seu estilo de vida atual pode lhe ser fatal.

Alfredo declara seu amor e descreve seus sentimentos desde que ele a viu pela primeira vez, um ano antes, mas Violetta responde que ela é incapaz de amar. Violetta lhe dá uma flor e lhe diz para voltar quando a flor murchar. Alfredo toma isso como um significado para o dia seguinte e parte alegremente. Os convidados terminam de dançar e também partem.

Ao se ver sozinha, Violetta pensa no que disse a Alfredo. Ela revela que deseja amar e ser amada, mas retoma seu espírito despreocupado. A voz de Alfredo, à distância, causa-lhe novamente uma hesitação momentânea, mas ela rapidamente põe tais pensamentos de lado.

Ato II, cena 1: uma casa de campo perto de Paris. Alfredo passa três meses de idílio com Violetta e pensa no grande amor deles. De uma conversa com a criada Annina, Alfredo fica sabendo que o preço da felicidade deles é a venda das propriedades de Violetta. Ele decide ganhar dinheiro, recuperar sua honra (Cabaletta: O mio rimorso) e parte para Paris. Violetta entra e uma mensagem lhe é entregue. Diz à criada para deixar entrar um cavalheiro que é esperado para tratar de negócios, lê a mensagem, um convite para uma festa em casa de Flora naquela noite e a joga fora. Um visitante é anunciado -não o homem esperado, mas o pai de Alfredo.

O velho Germont acusa Violetta de arruinar seu filho e é surpreendido quando ela prova que é o seu dinheiro que os está sustentando. Embora impressionado pela dignidade e beleza de Violetta, Germont pede que ela deixe Alfredo para não colocar em risco o casamento próximo de sua filha, a irmã de Alfredo. Ele reforça suas alegações com censuras morais e Violetta finalmente concorda em fazer o sacrifício. Em prantos ela pede que Germont a abrace como uma filha também e que um dia explique tudo a Alfredo.

Sozinha, Violetta rabisca uma mensagem, presumidamente para o Barão Douphol, e pede que Annina a entregue. Ela começa uma outra mensagem para Alfredo, mas é interrompida pelo retorno do amante. Ele está intrigado, e preocupado com a notícia de que seu pai pretende visitá-los. Pede que Violetta conheça seu pai, que certamente a aceitará ao conhecê-la. Violetta, já em desespero, procura refúgio no amor de Alfredo (Amami, Alfredo…) antes de sair correndo.

Alguns momentos depois, um criado traz uma carta de despedida. O velho Germont volta e tenta confortar o desespero do filho implorando-lhe para retornar ao lar na Provença, mas o confuso Alfredo, ao encontrar o convite de Flora, começa a pensar em vingança contra Violetta.

Ato II, cena 2: o salão de Flora em Paris. Os convidados começam a se entreter com mexericos e jogos na festa de Flora. Ela e o Dr. Grenvil ficam surpresos ao escutar do marquês d’Obigny que Violetta e Alfredo se separaram e que o Barão Douphol está acompanhando Violetta à festa. Os convidados divertem-se com um grupo de mulheres fantasiadas de ciganas que fingem ler a sorte e em seguida, com Gaston e alguns amigos vestidos como toureiros.

Alfredo chega e junta-se a uma mesa de jogos, seguido de perto por Violetta com o Barão. Alfredo vence vários jogos e seus comentários em voz alta sobre sua sorte nas cartas e o azar no amor provocam o Barão que o desafia para um jogo. O Barão perde e propõe a revanche para mais tarde. Ambos seguem os outros convidados em direção à ceia.

Violetta entra novamente, muito agitada por ter enviado uma mensagem para que Alfredo a encontre. Quando ele chega, ela lhe implora para partir antes que aconteça uma briga com o Barão. Alfredo concorda com a condição que ela o siga, mas Violetta, lembrando-se de sua promessa ao velho Germont, responde que não pode segui-lo. Ela deixa que Alfredo pense que ela agora prefere o Barão. Alfredo atende os chamados dos outros convidados e, lançando o dinheiro de vitória no jogo na face de Violetta, pede aos convidados que testemunhem que ele já pagou a ela pelo período que passaram juntos.

Violetta desmaia com este insulto, os convidados censuram Alfredo e seu pai (que havia entrado sem ser notado) repreende seu filho por seu comportamento. Em um finale preparado, todos expressam suas reações: Violetta expressa seu desespero, Alfredo seu remorso, Germont sua piedade, pois percebe que o amor de Violetta é verdadeiro, o Barão suas intenções de vingar o insulto sofrido e os outros convidados expressam sua preocupação com Violetta.

Ato III: o quarto de Violetta. Um prelúdio pungente indica que Violetta está morrendo de tuberculose. Ela está acamada, sendo atendida pela fiel Annina e sendo cuidada pelo Dr. Grenvil. O médico tenta animá-la, mas admite à criada ao sair, que Violetta tem apenas algumas horas de vida. Escutando de Annina que é Carnaval, a enferma envia-a para dar aos pobres a metade de todo o dinheiro que lhe resta. Ao se ver sozinha, lê a carta que recebeu de Germont explicando que Alfredo agora já sabe de seu sacrifício e que ele está vindo para pedir-lhe seu perdão. Com tristeza Violetta suspira por ser tarde demais, despede-se dos sonhos do passado e implora o perdão dos céus.

Escuta-se os sons do carnaval do lado de fora, e Annina corre para preparar sua senhora para uma visita. É Alfredo, que implora seu perdão. Esquecendo-se de sua condição grave, os dois planejam uma nova vida juntos longe de Paris, mas Violetta já está exausta demais até para vestir-se. Alfredo envia Annina para procurar o médico, mas Violetta percebe que nada pode ajudá-la agora. Em uma explosão, ela protesta contra seu destino de morrer tão jovem, e Alfredo junta-se a ela em seu pranto.

Annina volta com o Dr. Grenvil e Germont, que dá a Violetta sua benção. Violetta pede que Alfredo leve um medalhão contendo uma miniatura dela: se ele um dia se casar o medalhão será para sua esposa, de alguém que estará no paraíso, rezando por ambos. Os outros mostram sua grande pena e Violetta repentinamente sente que sua dor cessou. Ela tenta voltar à vida mais uma vez, mas cai, morta.

quarta-feira, 8 de agosto de 2007

Ensaio da La Traviata em 07 de agosto

Solistas Luisa e Douglas