quarta-feira, 15 de agosto de 2007

“Suando a camisa”

Os últimos preparativos para a estréia de La Traviata estão fazendo com que toda a equipe trabalhe num ritmo absolutamente acelerado. A Equipe Técnica vem fazendo um trabalho dioturno para atender a todas as solicitações do regista Ludek Golat, figura das mais empenhadas durante o trabalho.

O diretor Ludek Golat é um tcheco bem humorado. Alegre, ágil no palco apesar do seu tamanho gigantesco, o elenco o adora mesmo com o tom enérgico que ele usa durante os ensaios.

Não pára um instante. E fica pulando de poltrona e poltrona para ouvir a ópera de todos os lados da platéia.

Ao começar uma produção, ele pergunta aos solistas se eles sabem o que estão cantando. Segundo ele, a maioria não sabe.

Quando é apresentado a alguém, imediatamente tira da pasta a fotografia da esposa, orgulhosíssimo da linda mulher de 22 anos.

Adora a comida brasileira. Golat, depois de cada almoço, costuma dizer “isso não é almoço, é suicídio”.

E não se separa do dicionário tcheco-português que, à página 510, tem o capítulo “Variações sobre maneiras de ser assaltado no Brasil”.

Ludek Golat dá sua opinião sobre os solistas principais

Sobre Luisa Giannini (papel da Violetta Valery):
“Aqui no Guaíra encontrei a Luisa. Ela entende tudo o que está falando! Sabe exatamente o momento de tensão e o momento de estar tranqüila. Além da grande interpretação, a Luisa consegue uma grande coisa. O papel da Violeta foi escrito para três vozes. No entanto, ela reúne, em uma única voz, as três que se precisa para fazer a Traviata”.

Sobre o tenor Francisco Simal (papel de Alfredo Germont):
“Um talento nato!”

Sobre o barítono Douglas Hanh (papel de Giorgio Germont:
“O Douglas é, em absoluto, o melhor intérprete de Germont que já ouvi em mais de cem (100) produções da Traviata.”

Os cenários, completamente construídos, estão em fase de montagem sob a orientação de Carlos Kur. A equipe técnica trabalha de forma contínua e célere para dar forma final e acabamento aos quatro diferentes ambientes criados pelo cenógrafo.

Eduardo Giacomini vê seus figurinos tomarem formas definitivas nas mãos do pessoal da costura. Ricos em detalhes, os trajes estão recebendo o último tratamento para vestirem os intérpretes.

2 comentários:

Anônimo disse...

Todo trabalho suado tem recompensas. Golat, temos certeza que esta produção será show!!!!

Anônimo disse...

Você parece um "bixin cabra da peste". Só em ver o suor na sua camisa, se percebe que o trabalho é sério. Isso nos faz mais animados ainda para ver a Ópera. Parabéns a todos!